Tanto a técnica de túneis quanto as técnicas de tradução podem ser stateful ou stateless.

Técnicas stateful são aquelas em que é necessário manter tabelas de estado com informações sobre os endereços ou pacotes para processá-los. Técnicas stateless não é necessário guardar informações, cada pacote é tratado de forma independente.

De forma geral técnicas stateful são mais caras: gastam mais CPU e memória, por isso não escalam bem. Sempre que possível deve-se dar preferência a técnicas stateless.

Há casos em que é necessária a comunicação entre IPv4 e IPv6 para apenas um, ou poucos tipos de aplicações. Ou ainda, quando é usada uma técnica de tradução e ela funciona para quase todas as aplicações, mas falha para algumas poucas, nomeadamente aquelas que carregam endereços IP literais no protocolo, na camada de aplicação. Para esses casos podem ser usados gateways específicos, na camada de aplicação. São chamados de Application Level Gateways, ou ALGs.

De forma geral, os critérios que devem ser considerados na escolha da técnica a ser utilizada são:

  1. deve-se preferir técnicas que impliquem na utilização de IPv6 nativo pelos usuários finais, de forma que túneis IPv4 dentro de IPv6 devem ser preferidos em detrimento de túneis IPv6 sobre IPv4;
  2. deve-se preferir técnicas stateless em detrimento de técnicas statefull;
  3. deve-se evitar técnicas para prolongar o uso do protocolo IPv4, sem a adoção concomitante do IPv6;
  4. deve-se analisar a adequação da técnica à topologia da rede onde será aplicada e
  5. deve-se analisar a maturidade da técnica e as opções de implantação, como por exemplo suporte à mesma nos equipamentos de rede e em softwares.
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