Resumo

O IPv6 possui um espaço para endereçamento de 128 bits, sendo possível obter 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços (2128). Este valor representa aproximadamente 79 octilhões (7,9×1028) de vezes a quantidade de endereços IPv4 e representa, também, mais de 56 octilhões (5,6×1028) de endereços por ser humano na Terra, considerando-se a população estimada em 6 bilhões de habitantes.

As redes classless são as redes sem classe, ou seja, diferentemente das redes que possuem máscara /8; /16 ou /24.

Surgiu como solução a três problemas do esquema "classful" de endereçamento IP estudado no módulo anterior. Os mesmos foram minimizados parcialmente por meio do conceito de endereçamento de sub-rede. Essa forma proporciona maior flexibilidade para os administradores de redes individuais em uma Internet. Sub-redes, no entanto, não resolvem os problemas em termos gerais. Algumas destas questões permanecem devido ao uso de classes mesmo com as sub-redes.

O problema central da rede "Classful" é a baixa "granularidade". Um bloco de endereço de classe B contém 65.534 endereços de hosts, mas um bloco Classe C tem um número relativamente pequeno 254. Há milhares de organizações "médias" que precisam de mais de 254 endereços IP, mas uma pequena percentagem destas precisa de 65.534 endereços ou próximo desse número. Ao criar suas redes, estas empresas tendem a solicitar blocos de endereços classe B e não blocos classe C, porque precisam mais de 254.

A solução obtida foi com a criação do VLSM – Variable Length Sub Mask, ou seja, máscara de tamanho variável. O objetivo principal da criação foi economizar o uso do IPv4. Vimos que os endereços IP são projetados para serem divididos em um identificador de rede e um identificador de host. Com o conceito de sub-rede foram introduzidos alguns bits “roubados" da identificação do host para criar uma ID de sub-rede, dando ao endereço IP um total de três níveis hierárquicos. Com VLSM, nós são divididos em redes e em sub-rede, tendo mais bits a partir da identificação de host para nos dar uma hierarquia de nível múltiplo com "sub-sub-redes", "sub-sub-sub-redes" e assim por diante.

Existem dois critérios para a aplicação do VLSM para a divisão de uma rede em sub-redes:

  1. RFC-950, com Nº SR = 2n - 2 e Nº Hosts = 2n - 2;
  2. RFC-1812, com Nº SR = 2n e Nº Hosts = 2n - 2.

O RFC 950 é o menos econômico dos dois. Ele despreza a 1ª sub-rede, por ter o identificador dessa faixa (IP da 1ª sub-rede) coincidente com o identificador da rede mãe e a última sub-rede pelo fato desta ter o mesmo IP broadcast da rede mãe. Já o RCF-1812, mais recente, não despreza sub-rede alguma. A diferenciação é feita por meio da máscara atribuída às sub-redes.

Se a divisão da rede em sub-redes for feita em função do número de usuários em cada sub-rede, então a fórmula é idêntica para os dois RFCs: Nº Hosts = 2n – 2.

A situação particular de cada cenário é que definirá o emprego de cada uma das fórmulas citadas.

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