Vale fazermos um pequeno resumo para lembrarmos como surgiu o CIDR: a divisão tradicional, com as classes A, B e C de endereços IP fazia com que um grande número de endereços fossem desperdiçados. Um provedor de acesso que precisasse de 10.000 endereços IP, por exemplo, precisaria utilizar uma faixa de endereços classe B inteira (65 mil endereços), o que geraria um grande desperdício, ou utilizar 40 faixas de endereços classe C separadas, o que complicaria a configuração. Existia ainda o problema com as faixas de endereços classe A, que geravam um brutal desperdício de endereços, já que nenhuma empresa ou organização sozinha chega a utilizar 16 milhões de endereços IP. A solução para o problema foi a implantação do sistema CIDR - Classless Inter-Domain Routing.
Com o CIDR, não há mais as classe A, B e C, as quais eram divididas e identificadas pelos primeiros bits do endereço. Em vez disso, todos os blocos de Internet podem ser de tamanho arbitrário. Em vez de termos todas as redes usando 8 (Classe A), 16 (Classe B) ou 24 (Classe C) bits para a identificação de rede, podemos ter grandes redes com, digamos, 13 bits para a identificação de rede (deixando 19 bits para o ID acolhimento), ou muito pequenas que utilizam 28 bits para a identificação de rede (apenas 4 bits para a identificação de host).