As redes CIDR - Classless Interdomain Routing, como o nome indica, são redes sem classes que eliminam completamente as noções anteriores de classes. Não há mais classe A, B e C, as quais eram divididas e identificadas pelos primeiros bits do endereço. Em vez disso, todos os blocos de Internet podem ser de tamanho arbitrário. Em vez de termos todas as redes usando 8 (Classe A), 16 (Classe B) ou 24 (Classe C) bits para a identificação de rede, podemos ter grandes redes com, digamos, 13 bits para a identificação de rede (deixando 19 bits para o ID acolhimento), ou muito pequenas que utilizam 28 bits para a identificação de rede (apenas 4 bits para a identificação de host).
Basicamente, o conceito por trás deste padrão de endereçamento é o contrário da proposta das sub-redes (VLSM). Enquanto nessa última movemos os bits de hosts (“0s”) para criar um número maior de redes, com CIDR a ideia básica é sumarizar diversas redes em apenas uma, movendo-se a porção de rede (“1s”) da máscara original. Esse processo é conhecido como “supernetting” ou “prefix routing”.
O CIDR foi introduzido em 1993 (RFC 1517), substituindo a geração anterior de sintaxe de endereço IP - redes classful. CIDR permitiu um uso mais eficiente do espaço de endereços IPv4 e agregação de prefixo, conhecida como sumarização de rotas ou supernet.
O CIDR trabalha da direita para a esquerda e o VLSM da esquerda para a direita. Técnica encontrada para se combater o desperdício de endereços. Não importa a classe para se determinar o número de endereços necessários. Importa sim a quantidade necessária.
Com a introdução do CIDR e VLSM, os ISPs podem atribuir uma parte de uma rede classful para um cliente e uma parte diferente para outro cliente.