Conforme a Cisco Network Academy (2005), as redes e os equipamentos de computação dos dias atuais, devido às características da celeridade, precisam trabalhar a velocidades muito mais altas e transferir dados em grande quantidade.
Apesar de ser um protocolo relativamente antigo, o Frame Relay (FR) é ainda muito utilizado na área de telecomunicações. Por suas características de qualidade e por existir no Brasil uma rede legada com grande capilaridade, o Frame Relay está presente na composição de diversos serviços de Telecom, em geral, como uma opção de acesso a redes de dados corporativas ou à Internet.
O FR é definido nas camadas Física (Camada 1) e de Enlace (Camada 2), interconecta duas ou mais LANs.
Entre 1980 - início de 1990: o Bell Labs (EUA) desenvolvia a tecnologia ISDN tendo o protocolo Frame Relay como parte do conjunto. Entretanto, devido a suas características, o protocolo foi desmembrado e evoluiu como um serviço de rede independente, com padrões e recomendações elaborados por órgão internacionais de Telecomunicações.
XComparação entre os circuitos TDM, o protocolo X25 e o Frame Relay
| TDM | X25 | Frame Relay | |
|---|---|---|---|
| Multiplexação em Tempo | sim | não | não |
| Multiplexação Estatística (Circuito Virtual) | não | sim | sim |
| Compartilha portas | não | Sim | sim |
| Alta velocidade (por $) | sim | Não | sim |
| Atraso (delay) | muito baixo | Alto | baixo |
Comutação
Aprendemos que roteadores direcionam pacotes para outros roteadores em redes diferentes. Além disso, outra função básica de um roteador é encaminhar os pacotes entre interfaces de entrada e saída.
Suponhamos que o roteador R1 possua a interface Fa 0/0 configurado com o IP 172.16.0.1 /28, aonde chega um pacote e outra interface Se 0/0/0 cujo IP é 172.16.0.17 /28, por onde sairá o pacote. Respectivamente as redes envolvidas são 172.16.0.0 /24 e 172.16.0.16 /24, ou seja, sub-redes diferentes no mesmo roteador.
Para direcionar os pacotes entre as duas interfaces, vamos supor que existe uma rota apropriada. Nesse caso o roteador usará o recurso da comutação de pacotes. Assim, para o pacote “atravessar” o roteador seguindo da interface de entrada até a interface de saída é necessário realizar a comutação de pacotes IP.
Existe a possibilidade da interface de entrada apresentar tecnologia diferente da interface de saída. No exemplo acima a interface Fa 0/0 é uma interface FastEthernet, enquanto a Se 0/0/0 é uma interface serial. Cada uma delas opera com quadros (frames) diferentes em função das tecnologias características de cada link. Interfaces FastEthernet usam encapsulamento Ethernet, enquanto a Se 0/0/0 pode estar usando um link PPP. Por essa razão dizemos que a principal função da comutação em roteadores é encapsular pacotes no tipo apropriado do quadro de enlace (camada 2) característico do protocolo de camada 2 da interface de saída.
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