Como vimos, um SGBD tem como principal característica a capacidade de gerenciar bases de dados que representam parte do mundo real. Para que essa representação seja o mais fiel possível, os dados presentes em uma base de dados devem obedecer a diversas regras conhecidas como restrições de integridade. Vejamos algumas dessas restrições a seguir.
2.1. Valores válidos
A maioria das aplicações de banco de dados possui certas restrições de integridade que devem ser mantidas para os dados. Um SGBD deve oferecer capacidades para definir e impor tais restrições.
O tipo mais simples de restrição de integridade envolve especificar um tipo de dado para cada item de dado. Por exemplo, quando dizemos que para o item Série da entidade Histórico Escolar deve ser um número inteiro, isso significa que nesse campo não serão admitidos letras, símbolos ou números fracionados. Já o item Ativo da entidade Aluno só aceita as opções sim ou não, nenhuma outra informação é aceita.
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Um item de dados pode ser inserido erroneamente e ainda satisfazer as restrições de integridade especificadas. |
Por exemplo, se um aluno recebe uma nota “8,4”, mas uma nota “3,4” é inserida no banco de dados, o SGBD não pode descobrir esse erro automaticamente, pois “3,4” é um valor válido para o tipo de dados Nota. Esses erros de entrada de dados só podem ser descobertos manualmente (quando o aluno recebe a nota e reclama ao professor) e corrigidos posteriormente, atualizando o banco de dados. Porém, uma nota “13,2” seria rejeitada automaticamente pelo SGBD, pois “13,2” não é um valor válido para o tipo de dado Nota.
Dessa forma, mesmo com regras é possível que o banco de dados receba dados inválidos. O que o projetista faz ao inserir regras de validação é diminuir a probabilidade de informar dados errados.