O significado exato de um valor NULL determina como ele será aplicado durante agregações aritméticas ou comparações com outros valores. Por exemplo, uma comparação de dois valores NULL leva a ambiguidades — se os Clientes A e B têm endereços NULL, isso não significa que eles têm o mesmo endereço. Durante o projeto do banco de dados, é melhor evitar ao máximo valores NULL. Discutiremos isso melhor em outro momento no nosso estudo.
Outro problema comum do uso de nulo é a atribuição dada às variáveis durante a programação dos sistemas de informação. Os programadores geralmente usam variáveis do tipo numérico ou textual para receber os valores dos campos lidos de um banco de dados. Porém, essas variáveis não aceitam receber o valor nulo. Dessa forma, se o programador escreve uma linha de comando parecida com “variável = valor_lido_do_banco”, ele está sujeito a gerar um erro no programa caso o valor atributo no banco seja nulo.
Para resolver essa questão, os programadores precisam fazer inicialmente um teste de nulidade na variável, e só depois atribuir o valor a ela caso não seja nulo, ou atribuindo um espaço em branco ou um zero, caso seja. Veja os exemplos abaixo de lógica de programação para você entender melhor como seria isso:
‘Teste lógico para saber se o valor da variável no banco de dados é nulo.
Se Atributo1BancoDeDados é nulo
Entao VariavelTexto = “” ‘No caso de a variável ser do tipo texto.
Se não VariavelTexto = AtributoBancoDeDados
Se Atributo2BancoDeDados é nulo
Entao VariavelNumero = 0 ‘No caso de a variável ser do tipo número.
Se não VariavelNumero = AtributoBancoDeDados
Tenha atenção especial a atributos do tipo booleano, que nessa situação poderia apresentar três estados diferentes: verdadeiro, falso e nulo (nulo é diferente de falso). Daí a importância de modelar bem o projeto e evitar valores nulos, melhor é utilizar valores padrão como falso, 0 e em branco para atributos do tipo booleano, numérico (qualquer tipo) e textual (qualquer tipo).