De acordo com a necessidade, as aplicações começaram a utilizar multiprogramação e os sistemas multiusuários, onde introduziram novos conceitos de interação homem-máquina. As técnicas interativas abriram um novo mundo de aplicações e níveis elevados de sofisticação de software e hardware. Sistemas passaram a funcionar em tempo real e fazer operações complexas como coletar, analisar e transformar dados de múltiplas fontes, controlando processos e produzindo saídas em milissegundos, e não mais em minutos.

Os avanços da armazenagem on-line levaram à primeira geração de sistemas de gerenciamento de bancos de dados. O software passou a ser desenvolvido para ampla distribuição num mercado interdisciplinar. Programas para mainframes e minicomputadores eram distribuídos para centenas e, às vezes, milhares de usuários. Empresários da indústria, governos e universidades puseram-se a desenvolver “pacotes de software" e a ganhar muito dinheiro.

À medida que o número de sistemas baseados em computador crescia, bibliotecas de software de computador começaram a se expandir. Projetos de desenvolvimento internos nas empresas produziram dezenas de milhares de instruções de programa. Os produtos de software comprados no exterior acrescentaram centenas de milhares de novas instruções.

De repente, diante desse turbilhão de novidades, uma nuvem negra surge no horizonte. Todos esses programas, todas essas instruções tinham de ser corrigidos ao se detectar falhas, ou alterados conforme as exigências do usuário, com o objetivo de se adaptar a um novo hardware que fosse adquirido. Essas atividades foram chamadas coletivamente de manutenção de software. O esforço dispendido na manutenção de software começou a absorver recursos em índices alarmantes. E, ainda pior, a natureza personalizada de muitos programas tornava-os virtualmente impossíveis de sofrer manutenção. Os sistemas distribuídos – múltiplos computadores, cada um executando funções concorrentemente e comunicando-se um com o outro – aumentaram intensamente a complexidade dos sistemas baseados em computador.

Uma crise assombrou e agigantou no horizonte, a chamada crise de software.

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