3 - A crise do software

A crise do software foi um termo que surgiu nos anos 70, quando a engenharia de software praticamente não existia. O termo expressava as dificuldades do desenvolvimento de software devido ao rápido crescimento da demanda por softwares, a complexidade dos problemas a serem resolvidos e a inexistência de técnicas e métodos para o desenvolvimento.

No desenvolvimento de softwares eram utilizadas as linguagens estruturadas e modulares. As empresas de softwares começaram a falhar constantemente nos prazos de entrega, apresentando resultados insatisfatórios, além de orçamentos que ultrapassavam o predeterminado. Percebe alguma semelhança com os problemas dos dias atuais? É fácil identificar: tem-se pouco dinheiro para investimento, tempo curto para desenvolvimento e exige-se uma qualidade de excelência.

Um relatório, em 1969, diversos pesquisadores independentes americanos evidenciaram que cerca de 50% a 80% dos projetos foram cancelados e outros fracassados por não terem atingindo os objetivos esperados. Restaram, portanto, apenas 20% de projetos finalizados, mas que foram entregues acima do prazo estipulado e orçamento acima do determinado no início do projeto.

Estes problemas estavam relacionados principalmente com a forma de trabalho da equipe, envolvendo também dúvidas em relação aos requisitos do sistema. Todos estes fatores exigiam novos métodos ou o aprimoramento dos métodos já existentes e foi então que surgiu a Engenharia de Software, que amenizou de maneira considerável alguns problemas citados, a partir da adoção de métodos e principalmente de modelos de processos de software.

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