A abordagem do Android de multiprocessamento em Java, utilizando múltiplos processos e múltiplas instâncias de uma máquina virtual, requer que cada instância de máquina virtual seja eficiente em termos do espaço que ocupa.

Uma implicação direta da falta de memória em função, por exemplo, da quantidade de processos em execução simultânea é o término automático, por parte da política de escalonamento do sistema operacional Android, daquele processo considerado como sendo de menor prioridade. Ou seja, o processo deve ter uma forma de dar continuidade ao seu processamento, caso seja o escolhido para deixar a memória RAM.

Esse ponto é fundamental na arquitetura do Android, ou seja, para que o processo possa dar continuidade ao seu processamento após inúmeras interrupções, é fundamental que o programador compreenda o ciclo de vida dos componentes (Activity, Service, BroadcastReceiver, ContentProvider) da API do Android que possuem comportamentos predefinidos que serão estudados ao longo deste curso.

Observe que a utilização eficiente da memória depende da forma e do uso que se faz dos componentes envolvidos, ou seja, apesar de todos os recursos e facilidades que o framework Android criou para tornar o uso da memória eficiente, esses recursos por si só não são capazes de garantir o uso eficiente da memória de trabalho.

Os programadores que escrevem aplicativos para a plataforma Android devem compreender a forma correta de uso dos componentes para que toda a estrutura já existente da API Android possa funcionar de modo eficiente para o qual foi projetado. Em contrapartida, o desconhecimento do ciclo de vida dos componentes torna o uso dos mesmos equivocado, o que, fatalmente, levará a uma má utilização da memória de trabalho e, consequentemente, problemas (bugs) das mais variadas formas e aspectos ocorrendo em tempo de execução.
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