De acordo com o mito da caverna, Platão segmenta a realidade que conhecemos do mundo em duas:

Sensível Inteligível
Aquela pela qual se nota por meio dos sentidos Aquela correspondente ao mundo das ideias.

O mundo sensível corresponde ao inacabado, incompleto, imperfeito, já o mundo inteligível representaria a realidade, o exato e, portanto, o homem teria de buscar sempre o mundo da exatidão, da verdade, só assim seria capaz de alcançar o maior objetivo de viver.

Platão nos mostra na alegoria da caverna que o estado normal em que o homem se encontra é o do obscurantismo, daí a reação dos amigos na caverna ao matarem aquele que trouxe o “novo”. O homem em sua necessidade normal só sabe lidar com o que já está convencionalmente habituado, acostumado a um mundo superficial e enganoso. O homem, portanto, só alcançaria o mundo das ideias diante de uma postura racional, isto é, ao explorar a realidade das coisas de maneira verdadeira e sem maiores interferências externas.

Ao segmentar o mundo em inteligível e sensível é possível descartar o ilusório, livrando o indivíduo da ignorância, guiando-o consequentemente ao conhecimento, ao mundo das ideias, até que, por fim, chegue a uma ideia real e verídica.

Importante a forma pela qual Platão tratou da alma humana em sua obra, antes esquecida e agora indicada como um elemento primordial para a formação ética, ele prescreve que é através da própria alma que é possível alcançar a virtude.

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