Essas virtudes foram elaboradas na teoria do justo-meio, ou mediania, como é conhecida até a atualidade.
E o que foi a teoria do justo-meio? O professor Flávio Netto Fonseca elucida muito bem o conceito:
No livro V de sua obra Ética a Nicômano Aristóteles se concentra no conceito de justiça, apontada como cerne essencial da virtude, o coração do estudo ético, pois, para o filósofo, a justiça é a maior virtude ética.
No decorrer da obra se evidenciam algumas preliminares a respeito da justiça, uma delas é a de que a justiça sempre será uma via de mão dupla, sempre haverá dois caminhos para se alcançar, o excesso e a escassez. Outro entendimento que é possível extrair do estudo aristotélico diz respeito à forma como a justiça é conceituada para o filósofo, de uma maneira universal, denominada por ele de “justo total”.
Portanto, segundo o entendimento de justiça universal de Aristóteles, o homem deve ter comprometimento com a sociedade na realização das suas ações, isto é, o sujeito deve sempre buscar o justo na prática dos seus atos com o próximo.
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Ser justo na prática dos seus atos tem relação com as leis de toda uma comunidade, portanto, a obediência às leis, o desrespeito a elas é a prática de injustiça. Ser justo para Aristóteles é, sobretudo, ser ético.
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FONSECA, F. N. Conceitos. Disponível em: http://www.philosophy.pro.br/conceitos.htm
Acesso em: 03 de maio de 2016.