Diferentemente do que preceituava Platão acerca da virtude e da ética, Aristóteles concebia que a máxima da perfeição moral estaria relacionada com a virtude, pois a virtude seria uma condição da natureza do indivíduo, uma vez que o homem só exerceria a virtude em plenitude caso pudesse realizar escolhas, estimativas, observações, julgamentos, ponderações e não apenas uma prática automática do bem para não prejudicar terceiros, mas sim de uma demanda comportamental, de uma escolha, escolha essa realizada com equilíbrio.

A moral está ligada à virtude e é condição da natureza do indivíduo. Neste prisma, a virtude e a ética são pautadas no livre arbítrio, pois se alternam as possibilidades da forma com que o homem deve agir, isto é, diante de todas as distintas escolhas as quais ele se permite para realizar determinada conduta.

Na ética aristotélica a conduta realizada de forma ordenada, ou seja, habitual, é essencial para se manter a moral por perto, furtando-se ao máximo das ações injustas, aquelas em desacordo com as leis da sociedade.

Vale destacar um fator crucial na formação do papel educacional do homem, o da elaboração dos princípios e valores a serem perpassados, continuados de forma habitual por meio da repetição. Esta elaboração estaria sujeita a uma série de elementos externos que ajudariam na sua definição, isto é, elementos religiosos, morais, herdados, todos advindos da formação e natureza do indivíduo.
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