Kant elucida e fundamenta uma ética pautada na racionalidade e universalidade, resultado de um sistema de leis que definem a escolha do homem, e que é incapaz de ser favorecida pela maioria dos fins a que é submetida, uma vez que sofre variações. A ética racional só deve ser baseada nos princípios universais, longe das demais intempéries sociais, tais como: relativismo cultural, relativismo histórico, político etc.

A ética racional não deve ser influenciada por fatores sociais externos.

Importante compreender a fundamentação kantiana acerca das colocações acima, pois há certa semelhança entre as afirmações. Quando o filósofo diz: “sempre como um fim e nunca apenas como um meio”, ele nos traduz que para todas as ações do homem existentes, há diretrizes e caminhos na ordem natural das coisas, afinal, o homem é detentor de emoções e anseios, o que fugir disso é valorado como objeto, meio para a finalidade pretendida. Exemplo: se o sujeito quiser se tornar um exímio jogador de pôquer, um guia ou tutorial será fundamental para que se alcance a vontade pretendida, porém, o manual não terá valor algum para quem não busca a mesma finalidade.

Seguindo a mesma ideia, Kant dizia que o homem possui “um valor intrínseco, isto é, dignidade”, pois é um ser que pensa, autônomo e apto para realizar suas ações e regular seus comportamentos embasados na razão, tendo em vista que a ação moral é a ação racional e o homem agindo com a razão é a materialidade da ação moral propriamente dita. De acordo com o filósofo, a bondade moral só existiria se o sujeito pensante compreendesse na forma do agir um senso de dever. O homem que pensa, é, portanto, responsável pela manutenção da moral e sem a sua existência e ações morais, o universo deixaria de existir.

A bondade moral só existe se o homem entende no agir a percepção do próprio dever.
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