Não há que se considerar o homem racional como o único sujeito de real importância diante das demais outras coisas. O homem é o sujeito pelo qual todas as outras coisas possuem valor e alcance, e é um indivíduo que, ao agir de forma consciente, age com certo valor moral. O filósofo afirma que o valor racional do homem é absoluto e não pode ser associado a qualquer outro valor.

Sendo o valor do homem absoluto e fundamental, cumpre estabelecer que o indivíduo deve ser tratado “sempre como um fim e nunca apenas como um meio”, ou seja, num nível de bondade e benevolência, uma vez que tratar o homem apenas como um meio o torna insignificante e o diminui e a sociedade deve sempre almejar a paz, nunca o contrário, sempre promovendo a valorização do homem e dos seus direitos, garantias e deveres.

O homem não deve ser tratado como um meio, pois isso o torna insignificante.

O homem racional tratado como um fim em si mesmo denota o respeito a sua própria manifestação de vontade, portanto, jamais o homem deve controlar outro homem ou ainda exercer de má fé e interesses escusos as relações pessoais com terceiros para atingir determinado propósito.

O filósofo utiliza como exemplo o pedido de ajuda para determinado amigo realizar um empréstimo de X valor, mesmo não sabendo se poderá ou não cumprir com a obrigação futura e ainda assim fazê-la, com a injusta expectativa de cumprimento e suas frágeis promessas. O homem poderia se convencer de que a mentira seria válida pela razão a qual aquele dinheiro estaria destinado, porém, ainda assim, a atitude seria manipuladora e o homem estaria usando o amigo como um “meio” para alcançar aquele objetivo.

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