Entre o estudo e a prática da ética se percorre um caminho importante a se considerar: a existência do indivíduo. Existir é a prerrogativa de que existirão várias situações cotidianas em que necessite da aplicação da ética, ou seja, nas relações pessoais, na esfera sentimental, no trabalho, dentro de casa entre os familiares.
Para aplicar a ética e a moral, basta existir e refletir sobre as atitudes que são consideradas boas e más, mesmo se for algum costume, cultura, crença, algum comportamento que demande uma ação ética.
Desde o período medieval, a ética, sob influência cristã, surgiu com alguns princípios que regulavam o comportamento social. A igreja aparece na idade média ditando normas de convivência, como uma mandatária de atividades comportamentais. Toda ação moral do indivíduo variava no tempo e espaço, além dos costumes e principalmente das crenças neste período.
Lembrem-se sempre que a religião ajudou a formar muitos exemplos de senso ético no homem, se construiu uma série de condutas solidárias e de respeito ao próximo ao longo dos anos sobre o seu manto, mas que isso não torna a religião sinônima de ética. Religião jamais será sinônimo de ética.
Religião não será sinônimo de ética porque é pela religião e em nome dela que se cometem algumas atrocidades aceitas até os tempos atuais.
A prática ética deve ser racional e com liberdade, porém, essa liberdade na conduta ética não pode ser desmedida, ela sempre deve considerar o outro também. “Ajo com ética não apenas para me beneficiar, mas em respeito ao terceiro.”. A conduta ética não pode ser egoísta, ela tem que ser benevolente. Todo mundo tem que criar uma ordem social com base na ética.
As práticas sociais influenciam diretamente na alteração das leis e consequentemente na conduta do indivíduo. O que é moral hoje, nem sempre será moral amanhã. Não faz sentido aos homens defenderem condutas morais que não valem mais nada entre eles.
O indivíduo precisa encontrar equilíbrio nas falhas morais de terceiros e do Estado, para que assim a ética possa prevalecer sempre nas relações sociais. Jamais o homem deve se acostumar a ser antiético apenas porque todos estão sendo antiéticos. Ser antiético não é valor e regra social.
Ser antiético, além de egoísta é nocivo para uma sociedade. Ser antiético é, sobretudo, acostumar-se com as coisas erradas e com as misérias humanas em seus mais diversos rostos: fome, pobreza, corrupção etc.
O homem ético é sujeito social, um homem ético não ignora seus semelhantes. A ética é a prática do bem.