Uma das coisas que mais desequilibram a ação ética do homem na política é quando ela é deixada de lado para justificar determinada conduta. Exemplo.
Para deixar a matéria mais didática, usarei um exemplo real da falta de ética na política e que mais tarde se tentou justificar: na presidência de Fernando Collor de Mello, no ano de 1990, houve um confisco da caderneta de poupança de todos os brasileiros. Eles foram pegos de surpresa, não puderam movimentar seu dinheiro e o governo não avisou que isso aconteceria, mesmo sabendo que isso ocorreria.
As razões que o governo apresentou por não ter avisado eram de que, se avisassem, todos os brasileiros retirariam o dinheiro da caderneta de poupança e isso geraria um problema imensurável, muito maior que a própria razão do confisco. Nós não vamos discutir o mérito da situação narrada, ela foi utilizada apenas para que tenhamos um exemplo mais prático e próximo de nossas realidades.
A mentira é extremamente comum no ramo político e todos nós sabemos que onde há mentira não há ética. Como eleitor, o indivíduo também precisa ter mais os pés no chão, principalmente em relação à imagem que é construída dos candidatos antes da eleição. Candidato não faz milagre, ele precisa ser eleito e também precisa de apoio na Câmara para conseguir legislar.
Muito do que o candidato aparenta antes da eleição não é considerado antiético do ponto de vista político, mas deveria, uma vez que a maioria dos candidatos fazem promessas que não vão poder cumprir, seja pela falta de apoio no congresso, ou porque de fato não interessa a este candidato cumprir com o que fora prometido. Em um dos casos é mau-caratismo e falta de ética e no outro, ingenuidade pura.
|
A ética não vive sem a política e a política não pode ser feita sem ética, uma vez que ser ético no âmbito social é querer o bem de todos e para todos, e a política é o meio de tornar isso possível. É necessário que as políticas universais se estendam até alcançarem a todos. Como um ser social, essa deve ser uma meta individual.
|
Por exemplo, quando determinado governante omite dos cidadãos um fato em que ele deveria compartilhar. Omite por razões que podem ser mais prejudiciais que a própria verdade.
X