Para ilustrar melhor a questão do relativismo cultural, cita-se o exemplo das mulheres afegãs. No Afeganistão, se uma mulher não gerar um filho homem, ela estará fadada ao fracasso, será condenada socialmente, incluindo o marido, que poderá se divorciar em razão do fato dela não ter gerado um menino.

Em razão disso, algumas mulheres afegãs que só geram meninas, às vezes transformam visualmente essa menina em um menino para a sociedade. Vestem roupas de menino, cortam seus cabelos, educam-na como um menino, até a puberdade, quando ela pode voltar a ser menina, já que os seios crescem e não mais é possível esconder esse fato da sociedade. Conforme ilustra a autora Jenny Nordberg:

“(...) Segundo Carol, também é possível que o ocidente seja mais obcecado pelos papéis de gênero das crianças do que os afegãos. Embora a sociedade afegã se baseie estritamente na separação entre os sexos, aqui, a questão de gênero na infância, em certo sentido, pesa menos que no Ocidente. Carol diz: “Aqui, as pessoas são movidas por algo muito mais básico – a sexualidade. Antes da puberdade, tudo é apenas uma preparação para a procriação. Essa é a principal finalidade da vida aqui.
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