Para ilustrar melhor a questão do relativismo cultural, cita-se o exemplo das mulheres afegãs. No Afeganistão, se uma mulher não gerar um filho homem, ela estará fadada ao fracasso, será condenada socialmente, incluindo o marido, que poderá se divorciar em razão do fato dela não ter gerado um menino.
Em razão disso, algumas mulheres afegãs que só geram meninas, às vezes transformam visualmente essa menina em um menino para a sociedade. Vestem roupas de menino, cortam seus cabelos, educam-na como um menino, até a puberdade, quando ela pode voltar a ser menina, já que os seios crescem e não mais é possível esconder esse fato da sociedade. Conforme ilustra a autora Jenny Nordberg:
NORDBERG, J. As meninas ocultas de Cabul. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2016, p.41.
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