Não se pode ignorar que a ideia de cidadania, além de ser muito diferente entre os povos, é muito fraca em nós. Uma vez que o indivíduo tem uma série de direitos legalmente constituídos que ele sequer sabe que existem.
Não há interesse em uma parte dos cidadãos em fazer valer seus direitos civis, políticos e sociais e muito menos, ainda, em fazer valer o direito do próximo. É muito perigoso quando o indivíduo se conforma em ser um cidadão e somente, nada mais, nada muda, não há direitos para lutar e nem deveres a cumprir, basta existir. Isso não tem a ver com cidadania e menos ainda com ética.
Como bem explica o professor Dalmo Dallari:
Aos de boa memória, o pensamento do professor, remete ao pensamento aristotélico acerca da cidadania, mas em uma releitura um pouco mais moderna e atual para o estudo.
Como cidadão é bem questionável, do ponto de vista ético global, não participar ativamente dos interesses do Estado e pela luta da paz social.
DALLARI DE ABREU, D. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Editora Moderna, 2004, p.82.
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