Do ponto de vista moral, é bastante questionável falar de direitos para quem não cumpre seus deveres, não é mesmo? Mas do ponto de vista ético, é plenamente aceitável que não haja essa distinção de pessoas quando estamos falando de direitos.
Quando se abre essa possibilidade, existe a chance de haver segregação, como por exemplo, após a “abolição” da escravidão, quando os negros já não mais eram bens e escravos, mas também não podiam beber água no mesmo bebedouro que os brancos, ou ainda, não podiam se relacionar com pessoas de etnias diferentes ou estudar em escolas de homens brancos.
O que eram essas ações? Onde se garantia o direito de não mais ser um escravo, mas não o libertava socialmente e lhe privava de todos os outros direitos inerentes?
A dignidade humana é insubstituível, não é valorada, não pode ser renunciada, ninguém pode abrir mão da sua dignidade em nome de bem nenhum. A dignidade humana não pode ser vendida, não é negociável, nem é equiparada. Ninguém possui mais dignidade humana que outrem, ninguém tem mais direito que outrem, todos são iguais quando o assunto é dignidade humana.