Não há que se falar em ética em programas como o PRISM, que obtinham informações privilegiadas do mundo inteiro, sem a autorização dos envolvidos e com isso conseguiam se articular politicamente, economicamente e de todas as maneiras imagináveis e inimagináveis.
Do ponto de vista ético é impensável que qualquer pessoa física ou jurídica seja detentora de tamanho poder, sob uma ótica legislativa e jurídica é mais sem precedentes ainda, pois viola garantias constitucionais, tratados internacionais, entre outros, que desequilibram por completo o respeito entre as nações.
Muito se fala entre o princípio ético e jurídico, que haja um princípio da ponderação e equilíbrio entre o caso Snowden, que o privilégio da informação é um direito e que serve de auxílio para evitar possíveis ataques de ordem terrorista ou até mesmo econômica.
Para este professor, não há que se falar em qualquer ponto de equilíbrio ou princípio da ponderação quando o assunto é violação de direitos. Não se justifica ignorar direitos em detrimento de outros direitos que determinada nação julga ser mais ou menos importante. O que é mais importante, do aspecto ético-social: a segurança da nação dos EUA, ou a segurança do meu país? A minha segurança como cidadão deve ser completamente ignorada em virtude de interesses escusos que não me consideram? Que não me respeitam? E quando se aponta aqui a questão segurança, ela deve ser entendida em um aspecto bem geral, de segurança de direitos mesmo, de respeito a privacidade, a inviolabilidade das informações, a privacidade etc.
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Cumpre lembrar que o avanço tecnológico é um processo desenvolvimentista que tende a aumentar com o correr dos anos, é, pois, um processo histórico e social que exerce influência na vida de todo cidadão. Atualmente é praticamente impossível se manter alheio às novas tecnologias. Assim como para o cidadão comum, para o cidadão que atua na área da informática e tecnologia, respeitar os direitos de acesso e aos mandamentos éticos é uma obrigação social.
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