Um ponto importante na análise da transformação dos setores industriais existentes e da potencial criação do setor da informação é a mudança nas demandas dos usuários, caracterizada por uma identificação progressiva em termos da informação envolvendo os produtos e serviços demandados. Isso ocorre porque vamos conhecendo mais o produto de que estamos tratando, a cada dia que passa, com cada nova solicitação.
As demandas dos usuários tendem a evoluir o negócio da empresa ou pode ser uma demanda de melhoria interna. A governança de TI deve acompanhar essas demandas que são importantes para a organização por meio da priorização nas demandas, que deve ser elencada pelo próprio cliente. Outro ponto importante é que a governança de TI pode melhorar a sua tecnologia. Sendo assim, sempre que uma organização pretende implementar uma nova tecnologia, tem em vista a obtenção de maiores benefícios, como o aumento da produtividade, qualidade de serviço e progresso em uma área específica.
A Teoria das Etapas de Nolan, cujos gráficos geram uma série de curvas em forma de “S”, representa 15 a 20 anos de duração e descreve a demanda de tecnologia nesse período. Pode ser utilizada para a descrição da demanda por parte dos usuários de novos serviços de informação no trânsito da economia industrial para a economia informacional.
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As áreas hachuradas na imagem são chamadas de Descontinuidade. Essas áreas mostram a transição de uma Era para a outra. Não significa que acabou totalmente, mas que diminuiu muito. |
A primeira etapa, Era PD (processamento de dados), caracterizada por um modelo de processamento de dados centralizado, proprietário, baseado em computação sob mainframe ou microcomputador. O paradigma era a automatização dos processos e procedimentos existentes em nível operacional, com o objetivo de tornar a organização mais eficiente, sem modificar normalmente a estrutura organizacional hierárquica existente. Depois de 10 ou 15 anos de investimentos, deveria alcançar-se uma massa crítica de automatização, em cujo instante deviam reduzir-se os recursos humanos ao nível de operários e trabalhadores de escritório entre 20 e 30%, implicando uma redução global de custos na indústria. Outro ponto a observar foi a partir dos meados de 1970, em que a demanda por computação baseada em mainframe foi enfraquecendo-se e a indústria de computadores começou a orientar-se para o nível tático das organizações com demandas diferentes daquelas que eram necessárias. Profissionais como engenheiros e gerentes começaram a utilizar mais os microcomputadores que os mainframes.
XNa segunda etapa, a Era Micro, introduz-se um novo paradigma que, diferentemente da automatização, não consiste em substituir os profissionais por computadores, mas em utilizar os computadores para catapultar e amplificar o trabalho dos profissionais. O microcomputador com as inovações de programação tais como folhas de cálculo, processadores de texto, desenho assistido por computador, e interfaces gráficas de usuários configuram essa Era Micro, ou seja, informática pessoal.
XNa terceira etapa, Era Rede, até a atual, os computadores (micros) têm satisfeito outra demanda na organização e foram incorporados diretamente aos produtos e serviços das empresas, tornando-se mais inteligentes ao serem incluídos microprocessadores em seus projetos. São passos para a interconexão entre os computadores e redes eletrônicas, que exercem um impacto profundo sobre a estrutura das organizações e sobre os serviços prestados aos clientes. Muitas empresas ainda não estão conectadas internamente, não possuindo redes locais. Ainda trabalham no modelo cliente/servidor, que pode ser um risco na competitividade empresarial.
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