Uso de dados na Tecnologia da Informação

Como foi apresentado, à medida que os equipamentos computacionais começaram a ganhar importância nos mais variados segmentos, sentiu-se a necessidade de aplicações de software mais robustas. Após a década de 60, em que se verificou uma ênfase nos avanços dos equipamentos de hardware e automatização dos processos burocráticos das empresas, observou-se também o início de uma tendência mundial não apenas do armazenamento, mas da manipulação e processamento dos dados originários dos sistemas transacionais, atividade intimamente dependente dos programas de computador.

Este período de intensificação do uso de dados e rápido crescimento da demanda por software foi marcado por fatos positivos, como o aparecimento dos sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD), e negativos, como a crise do software. Os bancos de dados, como visto na unidade anterior, são categorias de aplicações construídas especificamente para otimizar o processo de armazenamento e manipulação de grandes volumes de dados. Ainda hoje esta é uma das aplicações de software mais utilizadas em todos os segmentos. Já a crise do software foi um período que ficou caracterizado pela ocorrência de projetos de desenvolvimento de software que geraram produtos de baixa qualidade, com estouro do orçamento e atraso considerável nos prazos de entrega.


A crise do software emergiu por conta de um aumento exponencial da complexidade das soluções e da demanda por software, associada à falta de experiência das empresas na construção de sistemas complexos. Esta crise, que abateu o mundo no início dos anos 70, teve como consequência um aumento na pesquisa e desenvolvimento em Engenharia de Software, que desencadeou, nas décadas subsequentes, a criação de processos e metodologias que levaram a uma considerável melhoria no gerenciamento da qualidade do software.

A crise do software será um assunto abordado com detalhes em outro Módulo desta Unidade.



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