Todos estes problemas causados pela crise do software iniciaram uma verdadeira revolução no modo com as empresas lidavam com a questão. A primeira quebra de paradigma foi a mudança de foco de estudo das ferramentas de desenvolvimento de código para o processo de construção de sistemas.

Esta iniciativa teve origem nas empresas e se expandiu em um curto espaço de tempo para as universidades. Estudos começaram a coletar e analisar dados dos projetos de software que não obtiveram sucesso, com o objetivo de identificar as principais causas do fracasso. Ao mesmo tempo, as organizações começaram a investir na criação de metodologias e diretrizes padrão para o seu processo de desenvolvimento de sistemas.


Um dos principais aprendizados oriundos desta pesquisa foi o de que a qualidade não pode ser considerada apenas na avaliação do produto final, mas durante todas as etapas do desenvolvimento. O ponto essencial de atenção passou a ser o como o software é desenvolvido.

Como resultado, técnicas como a inspeção de código, por exemplo, passaram a ser mais largamente utilizadas e demonstraram que, por vezes, eram mais efetivas do que a própria execução dos testes. Os modelos de ciclo de vida existentes passaram a ter mais uso e uma série de novos modelos foram propostos. A detecção de defeitos passou a ser realizada em estágios anteriores do processo de construção de software, ao tempo que as metodologias e técnicas de testes foram aperfeiçoadas.

Os estudos destes novos métodos, práticas e técnicas foram, então, agrupados em uma única área de conhecimento, já existente, a Engenharia de Software.



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